segunda-feira, 13 de abril de 2009

Bi-Weekly report (& Trip to Beijing)

Já não escrevo há algum tempo mas, como sabem, pelos melhores motivos. Com a família cá, entre viagens, visitas, (re)conhecimentos, passeios, jantares, conversas, e também algum trabalho, sobrou pouco tempo para devidos updates neste espacinho.
Mas cá estou eu, para uma visita guiada (e breve, vou tentar!) das semanas que passaram, que foram muito especiais.
Após uma foot-massage para relaxar a noite que se esperava de alguma ansiedade miudinha, quarta feira acordei às 8h da manhã com o telefonema esperado: "Chegámos".
Com a família em Beijing, ainda consegui trabalhar durante o dia inteiro e ir jantar com alguma da estrangeirada residente em Shaoxing: 2 brasileiros, 1 russa, 1 mexicana, 2 espanhóis e 1 espanhola, 2 caribenhos (Curaçao) e um bebé espanho-caribe. Foi giro falar português, espanhol e inglês tudo ao mesmo tempo, e é sempre bom conhecer gente interessante. Mas a minha cabeça já só pensava nos papás e irmã aqui, tão pertinho...
Assim, no dia seguinte, estava às 16h30 a apanhar o autocarro para o aeroporto de Hangzhou, que me levaria a Beijing. E levar, levou, mas depois de duas horas enfiada no avião, parada, por causa de uma avaria no portão da bagagem, e mais duas de viagem (essas, como previsto). Era meia noite quando pude, finalmente, abraçar os meus pais (que me esperavam no aeroporto sem eu saber - mimo nunca é demais!)... Já no hotel estava a minha maninha e o Rui (o seu nobio), mais uns dedos de conversa e xixi cama que nos esperava um fim de semana em grande!
Na sexta, o pequeno-almoço do hotel surpreendeu pela positiva, deixando me aliviada pela escolha do Park Plaza Beiijng Wangfujing para o início da viagem, e às 9h da manhã conhecíamos aquela que seria a nossa guia, a Ana.
A Ana (cujo nome chinês significava Orquídea, mas Ana não significa Orquídea) falava espanhol, o que foi muito bom para os meus pais, apesar da grande surpresa que foi ouvir o inglês bem desenrascado da minha mãe (que é professora de Francês e Português)! A Ana tornou-se então o novo membro da nossa família, arranjou-nos uma casa temporal com rodas, e deu-nos a conhecer um pouco da cidade de Beijing. Ficámos a saber que tem 16 milhões de habitantes, que foi capital durante as dinastias Liao, Yuan, Ming, Qing, que dentro do cinturon dós solo hay casas de una planta, pero fuera siempre casas de más plantas, que a Avenida de la Paz Eterna tiene 50 km de largo, que os templos são feitos de madera enclavada, que professora tiene suerte porque tiene dós hijas, dós tesoros, que professor tiene que ter cuidado, cabeza, que a netinha dela faz "au au au", e que um dia nos vai aparecer em Portugal.
No meio disto tudo ainda conseguimos visitar os spots mais importantes: a Praça Tian'anmen, com a famosa Porta da Paz Celestial e a foto do Mau Ze Do Gongo (para não me vasculharem o blog), a Cidade Proibida, (voltar ao "Último Imperador") e o Temple of Heaven. Não me vou prolongar com narrações e explicações históricas, deixo isso para mais tarde, assim como as fotos... Muitos quilómetros depois, breve descanso no hotel, um espectáculo de acrobacias e jantar no "Green T House", um restaurante de fusão muito trendy.
Sábado às 8h30 estávamos de novo reunidos com a nossa "tia" Ana, que nos conduziu ao Lama Temple e, como não podia deixar de ser, à Great Wall. Embora cheia de chineses (como em todos os outros sítios turísticos), ainda consegui subir aos 700m e perceber um pouco da imensidão dos seus 6.000km. Estava numa das 7 Maravilhas do Mundo. E senti me feliz.
O resto do dia ainda deu para uma passagem pela Cidade Olímpica e terminou com o Pato à Pequim (que pelos vistos nos transformou em Beijingneses!) e uma volta pela cidade à noite.
No dia seguinte, antes de apanhar o avião para Hangzhou, pudemos passear pelos hutongs (becos) típicos da cidade, ver lojas de antiguidades, sedas, leques, porcelanas, casas de chá, etc.
Hangzhou em véspera de feriado não foi, decididamente, boa ideia. Depois de um taxista idiota (vir à China e não apanhar um destes é como ir a Roma e não ver o Papa), milhares de pessoas a rumar ao West Lake, mesmo em frente ao hotel, não ajudou ao cansaço acumulado do fim de semana a ver templos e jardins. Mas lá conseguimos um jantar no Mac e um passeio curto, terminado numa casa de chá ali perto.
Segunda feira de manhã demos uma volta pelo West Lake, primeiro a pé, depois num carrinho pequeno de cerca de 12 lugares, ao ar livre, que deu a volta ao lago durante 1hora, foi giro.
Depois de um almoço no pseudo-Starbucks lá do sítio, nova confusão para ir embora. Chineses a mais, e mais de uma hora para arranjar táxi. Chegados à estação de autocarro, o cenário não melhorou. Uma hora à espera num terminal cheio de chineses aos berros - real China, everyone... Mais uma hora de viagem até chegar a Shaoxing, e fazer o check-in no Margaret, onde nos presentearam com 2 quartos virados para a frente, em primeira fila para a sinfonia de buzinas das 3h da manhã do costume.
A minha irmã e o Rui aguentaram uma manhã. Depois do almoço rumaram a Shanghai. Os papás ficaram para conhecer a cidade, a casa, a fábrica, e estar comigo - afinal de contas também foi para isso que vieram - mimo nunca é demais!
Conhecer o HotPot, a PizzaHut, o Ajisen e o Starbucks, fazer a Jiefan lu a pé, visitar a casa de chá e os jardins, e ficaram com uma pequena ideia do meu dia a dia nesta terra...
Quinta de manhã foi a vez do papás rumarem a Shanghai. Eu ainda tive que trabalhar e só me juntei ao resto do clã na 5a à noite, com um jantar no Da Marco onde tiveram talvez a primeira refeição que realmente gostaram.
No dia seguinte acordar cedinho, com encontro marcado no Yuyan Garden, na Old Town (porque eu fiquei, como sempre, na casa da Maria e do Trigo). Depois, visita à casa onde aconteceu a 1a reunião do Partido Comunista na China, atravessar a estrada para conhecer Xintiandi e almoçar no Latina, passear por Taikang lu e o seu charme europeu e a paragem obrigatória no fake (a Nanjing e o Bund já tinham sido percorridos no dia anterior).
Mas um dia a correr tão bem não podia terminar sem desgraça e quando entro no táxi para voltar a casa percebo que não tenho o porta-moedas comigo. Roubado ou perdido, eis a questão. Inclino-me mais para a primeira. Claro que a disposição ficou abalada, pelo dinheiro perdido (quase 200 euros), pelos cartões de débito e crédito, mas sobretudo pela sensação de perda/roubo que fica a remoer... Assim, fomos jantar ao Da Marco (sim, não me enganei, foi a eleição da família!) e dali fui para casa porque também estava a precisar de descansar e o plano das festas para o dia seguinte começava bem cedo com uma ida a Pudong. Foi a subida ao 100º andar do Shanghai World Financial Center, foi a visita ao museu da história de Shanghai na TV Pearl Tower, foi o almoço no Element Fresh, foi o passeio pelas lojas da Sanshi lu e foi terminar na HuaiHai, com um gelado na HaagenDazs, onde voltámos depois de jantar em Xintiandi. Com o regresso na manhã do dia seguinte, os cotas (leia-se os meus pais e a minha irmã) foram para o hotel e eu fui mostrar ao Rui um pouquinho da noite de Shanghai. Ficámos pelo Bund: Glamour, Lounge, Rouge - uma pequena amostra que deixou vontade de mais...
Domingo. Com a ressaca da partida das pessoas que mais amo neste mundo, fiquei em casa, a chocar com os filmes da tv "Olha Quem Fala" (1 e 2), e uns DVD's "Bride's War" e "My Best Friend's Girl" (sessão dupla Kate Hudson em filme pipoca). Jantar um Mac e ficar na net até de madrugada, à espera de notícias de Frankfurt.
Pela meia noite (hora portuguesa), os meus papás, irmã e cunhado, aterravam, de novo, em terras de Portugal...
E eu voltava para Shaoxing algumas horas depois, numa viagem partilhada com um egípcio chamado Hanny, mais um foreigner a acrescentar na minha lista de Shaoxing.
Voltando à minha rotina habitual, depois de almoço rápido no Ajisen, fui para a fábrica, tratei de assuntos pendentes, agendei a resolução de outros, regressei a casa, jantei uns instant noodles e instalei me no computador, onde ainda me encontro, a terminar este relato comprido e chato e que não deve ser de grande interesse para mais ninguém...


PS: Sim, prometo fotos de Beijing em breve... Pelos vistos, a minha máquina, talvez por solidariedade, padecia apenas de cansaço...

2 comentários:

  1. mary john, é realmente óptimo recebermos as pessoas mais queridas das nossas vidas.
    Imagino os optimos momentos!

    bjs do luxemburgo.

    ana marta

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  2. visita da família.. que boooom!
    mimos e mimos aos kilos!!
    =)
    Rainha das Cores

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